Arquivo de 17/09/2010

Consultorias preveem aumento dos aliados do governo atual

De acordo com estudos das consultorias Arko Advice, Patri Políticas Públicas e do Diap, quatro partidos que estão na base aliada do Governo Lula podem eleger até 52% do total de deputados federais para a legislatura 2011 a 2014.

Confira abaixo as previsões para as bancadas partidárias para a Câmara dos Deputados na próxima legislatura – 2011 a 2014:

Consultorias preveem aumento dos aliados do governo atual

De acordo com estudos das consultorias Arko Advice, Patri Políticas Públicas e do Diap, quatro partidos que estão na base aliada do Governo Lula podem eleger até 52% do total de deputados federais.

Quatro partidos que estão na base aliada do atual governo podem crescer até 29,8% nas eleições deste ano para a Câmara. O dado refere-se a projeções das consultorias Arko Advice e Patri Políticas Públicas e do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) para o PMDB, o PT, o PSB e o PCdoB, que hoje reúnem 208 deputados, ou 40,5% da Câmara. Em 2011, a expectativa dessas instituições é que esses partidos somem entre 202 e 270 parlamentares, ou 39,3% a 52,6% do total de deputados federais.

Já para a oposição, os estudos preveem resultados diferentes entre os partidos. No caso do PSDB, que hoje conta com 59 deputados, os números previstos variam entre os institutos: Arko e Diap – de 55 a 70 deputados; Patri – 66 deputados. O cientista político David Fleischer estima em 58 o número de deputados tucanos a serem eleitos neste ano.

Em relação ao DEM, hoje com 56 deputados, a expectativa é de recuo para 40 a 50, segundo a Arko; 48, de acordo com a Patri e com David Fleischer; e 38 a 53, pelo Diap. Já o PPS, hoje com 15 deputados, deve eleger entre 10 e 18 (Arko); 10 (Patri); 15 a 20 (Diap); e 14 (David Fleischer).

Critérios da análise
O sócio e diretor de análise política da Arko Advice, Cristiano Noronha, explica que as projeções foram feitas com base no resultado dos partidos em eleições passadas, nas alianças estaduais e na avaliação do perfil dos principais candidatos, cujos votos podem eleger também outros colegas de partido.

O Diap levou em consideração também a popularidade dos partidos, os recursos disponíveis para as campanhas, as parcerias com candidatos a cargos de eleição majoritária e as pesquisas eleitorais recentes.

O principal motivo para o crescimento das bancadas aliadas ao atual governo, segundo Noronha, é a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo conta com 79% de aprovação, conforme pesquisa do Datafolha divulgada em agosto. “Muitos candidatos estão usando a imagem do presidente e a base aliada tende a surfar na onda do Lula”, argumenta.

No entanto, para o cientista político e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Jairo Nicolau, essas previsões não passam de “chutes com bom senso”.

Bancada petista
O aumento da bancada aliada ao governo atual poderá ser ainda maior se as urnas confirmarem a previsão do doutor em ciência política Alberto Carlos Almeida. Segundo ele, o PT, que hoje conta com 79 deputados, poderá eleger 130 parlamentares para a Câmara, ou 25,3% do total de deputados federais.

A projeção é baseada em uma suposta associação direta entre a quantidade de eleitores simpáticos ao partido e a proporção de deputados eleitos. Hoje, observa Alberto Carlos, a preferência em relação ao PT gira em torno de 25% dos eleitores – e poderia chegar a 30% nos dias mais próximos às eleições. Segundo o pesquisador, esse tipo de associação só teria validade para o PT devido à fidelidade eleitoral ao partido confirmada nas últimas cinco eleições.

Já as projeções de crescimento da Arko Advice, da Patri, do Diap e de David Fleischer para o PT são mais modestas. Os institutos preveem a eleição de 85 a 110 deputados petistas.

Para consultorias, haverá recuo das bancadas da oposição

Para os partidos de oposição ao governo atual, a expectativa das consultorias Arko Advice, Patri Políticas Públicas e do Departamento Intersindical de Assessoria parlamentar (Diap), na maioria dos casos, é de recuo no tamanho das bancadas.

No caso do DEM, o sócio e diretor de análise política da Arko Advice, Cristiano Noronha, aponta alguns motivos para a possível queda:

– o desgaste causado pelo chamado escândalo do mensalão de Brasília, que levou à prisão o então governador José Roberto Arruda, eleito pelo DEM, em 2006;

– a perda de espaços políticos tradicionais no Nordeste para outros partidos, como o PMDB e o PT; e

– a “falta de lideranças significativas”.

Para o pesquisador Alberto Carlos Almeida, a queda é “a consequência natural” da alta popularidade do Governo Lula. “Esses altos índices de aprovação do governo são raros, e isso gera impactos em toda a Câmara, pois a oposição tende a perder espaço”, explicou.

Já o aumento que as consultorias preveem para a bancada do PSDB, de acordo com Noronha, é resultado da candidatura de um representante do partido à Presidência da República. “O PSDB pode vencer em estados importantes, como São Paulo e Paraná, por exemplo”, aposta.

Onda verde
As projeções para o Partido Verde na Câmara em 2011 são divergentes. A legenda, que hoje conta com 14 deputados federais, deve eleger de 18 a 25 representantes, segundo a Arko Advice; 20, segundo Almeida; 14, de acordo com a Patri Políticas Públicas; e de 10 a 15, segundo o Diap.

As divergências entre os estudos ficam ainda mais claras ao se observar as variações possíveis no tamanho da bancada do PV para o próximo ano: aumento de 53,5%, na média, pela Arko; aumento de 42,8%, por Almeida; nenhuma variação, pela Patri; e diminuição de 10,7% no tamanho da bancada verde, pela média das projeções do Diap.

Cristiano Noronha justifica a expectativa de aumento do PV na Câmara pela candidatura de Marina Silva à Presidência. Já Alberto Carlos Almeida minimiza essa relação: “Deve sim haver um crescimento do partido resultante da difusão da imagem de Marina, mas nada muito relevante.”

Especialista diz que projeções para bancadas são “chutes”

As previsões de bancadas partidárias não são consenso entre os cientistas políticos. Para o pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Jairo Nicolau, por exemplo, as projeções “não têm nenhuma base técnica e não passam de chutes com bom senso”.

Uma comparação entre as projeções feitas em 2006 e o resultado das eleições para a Câmara no mesmo ano apontam que a confirmação das previsões não é regra. Entre as 15 projeções de 2006 da Arko Advice, por exemplo, 10 estavam corretas.

Já no caso do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), sete entre 15 previsões confirmaram-se. Confira no quadro comparativo abaixo da matéria.

Votos não ideológicos
Segundo Jairo Nicolau, os eleitores costumam escolher seus candidatos por suas características pessoais, não por seus partidos, o que acaba impedindo uma previsão mais clara sobre aumento ou diminuição das bancadas na Câmara.

“No Brasil, alguém pode votar na Dilma para presidente, por exemplo, e em algum candidato a deputado da oposição porque é da sua igreja. O que conta nessa hora é a religião, a classe econômica ou a região de origem, muito mais que o partido, na grande maioria das vezes. Isso torna imprevisível a dinâmica das bancadas na Câmara”, argumenta.

Além disso, segundo ele, a dificuldade em se antever os votos de legenda – destinados a um partido, e não a um candidato específico – impede projeções mais exatas para o tamanho das bancadas.

Nem o resultado das eleições anteriores pode demonstrar uma tendência de votos para a Câmara, de acordo com o cientista político: “A associação com outras eleições pode ser comprovada em alguns estados, mas não em outros. É quase impossível ter precisão nesse tipo de análise”.

Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Newton Araújo

 

A candidata à presidência pelo PT, Dilma Rousseff, lidera a corrida eleitoral com 51% das intenções de voto, segundo pesquisa Vox Populi, divulgada nesta sexta-feira (17) no Jornal da Band. O candidato tucano José Serra atingiu 24% da preferência do eleitorado. Se o pleito fosse hoje, Dilma seria eleita já no primeiro turno. A margem de erro é de 1,8 pontos percentuais.

Em terceiro lugar, vem Marina Silva (PV) com 8%. Nenhum dos outros candidatos somou 1% dos votos. Brancos e nulos somam 5% e 11% dos eleitores não sabem ou não quiseram responder.

A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 30.235/2010, no dia 11 de setembro. O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 14 de setembro e entrevistou 3 mil eleitores

 

O candidato ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) venceria no primeiro turno nas eleições com 48% das intenções de voto na corrida eleitoral, segundo pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Globo e divulgada no SPTV nesta sexta-feira (17). Em segundo, vem Aloizio Mercadante (PT) com 24%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Segundo a pesquisa, Celso Russomanno (PP) tem 9% e Paulo Skaf (PSB) 3%. Fabio Feldmann, do PV, e o candidato do Psol, Paulo Búfalo, somaram 1% cada. Brancos e nulos somam 6% e não sabem ou não souberam responderam correspondem a 8%.

A pesquisa foi registrada no TSE sob o número 85092/2010 no dia 4 de setembro. O Ibope entrevistou 1.806 eleitores entre os dias 14 e 16 de setembro.

 

 
 

O fim da civilidade, decretado pela direita tucano-pefelista, neste último mês de campanha, está trazendo à luz pelo menos três aspectos da realidade brasileira.

Primeiro, a natureza reacionária e antidemocrática dos novos representantes políticos da burguesia financeira e da burguesia agrária. Segundo, a oposição de grandes parcelas das camadas populares e das classes médias a tal reacionarismo. E, terceiro, as clivagens da esquerda diante dessa polarização.

A nova direita política é, em grande parte, formada por parcelas oriundas da intelectualidade política democrática e de esquerda que se defrontou com a ditadura militar. No curso da emergência das lutas operárias e populares e da formação do PT, assim como da ofensiva ideológica e política do neoliberalismo, muitos de seus membros se transformaram no oposto do que representaram no passado.

Com isso, repetem uma experiência histórica peculiar da esquerda brasileira, que teve em Carlos Lacerda seu expoente mais significativo. Quem conheceu esse personagem da história brasileira certamente se lembrou dele ao assistir ao candidato Serra deblaterando sobre a suposta tolerância de Lula com “quem rouba”, e qualificando a candidata Dilma de “envelope fechado”. A grande desvantagem de Serra é que não tem a oratória de Lacerda, nem um ambiente de conspiração militar generalizada. Mas a natureza golpista e reacionária é a mesma.

Essa truculência tucano-pefelista também está colocando em evidência algo que uma parte da esquerda se nega a ver. Isto é, que grandes massas do povo brasileiro consideram as atuais eleições como um acerto de contas com a herança de FHC e depositam uma firme confiança em Lula e no PT. Ou seja, além de encararem as atuais eleições como polarizadas e plebiscitárias, grandes parcelas do povo estão convictas de que as mudanças implantadas pelo governo Lula, mesmo contendo erros e problemas, relacionados ou não com suas alianças políticas, apontam para um caminho seguro de transformação social e política.

Uma parte da chamada esquerda democrática se encontra perdida na enseada tucano-pefelista, sem se dar conta de que está dormindo com o inimigo. É doloroso ver candidatos dessa esquerda, com discursos de mudanças democráticas e populares, sendo apresentados por FHC, Serra, César Maia e outros personagens que quase quebraram o Brasil e levaram o povão ao desemprego e à miséria.

A parte da esquerda que se considera revolucionária está na oposição. Embora procure se distanciar da direita que também é oposição, seu inimigo principal e alvo de seus ataques tem sido o governo Lula e a esquerda que apóia Dilma. Na prática, o povão acaba confundindo-a com seus inimigos de direita.

A maior parte da esquerda, que apóia Dilma, também se debate diante da realidade complexa do país. Isto parece ser mais evidente dentro do PT, onde havia uma corrente que pregava abertamente a impossibilidade de uma eleição polarizada e trabalhava para construir pontes com o tucanato. A evolução da campanha eleitoral, apesar da ausência de ataques petistas ao tucanato, está demonstrando que aquela corrente estava totalmente enganada, pelo desconhecimento da natureza antidemocrática e reacionária do tucano-pefelismo.

Também é dentro do PT que continuam se apresentando brechas relacionadas com a tibieza em adotar procedimentos ideológicos, políticos e organizativos condizentes com um partido de esquerda que quer transformar o Estado e a sociedade. Um partido desse tipo não pode ter aloprados, filiados facilmente cooptáveis por dinheiro fácil, nem agentes infiltrados que possam navegar tranqüilamente por suas fileiras. Se o PT não adotar procedimentos que o blindem contra os arrivistas e oportunistas que procuram fazer carreira em qualquer partido que seja governo, aquelas brechas podem se tornar voçorocas, deixando-o indefeso diante das armações que tendem a crescer nas disputas institucionais.

Nessas condições, a vitória do PT e Dilma não representará apenas um acerto de contas com a ideologia e as políticas neoliberais, condensadas na candidatura Serra. Nem apenas um impacto muito sério na esquerda que se aliou à direita, formal ou informalmente, nos ataques ao governo Lula e à candidatura Dilma. Ela deverá representar também uma reestruturação ideológica, política e organizativa do PT, se esse partido quiser enfrentar com sucesso os desafios para aprofundar as mudanças democráticas, econômicas e sociais que as camadas populares reclamam.

Wladimir Pomar é escritor e analista político.

Cabe informar que não há nada que agradescer. É obrigação do município, por Lei, oferecer TODAS as condições necessárias para a eleição do CT, inclusive transporte. A bem da verdade não cabe sequer ao Vereador solicitar. Cabe ao CMDCA DETERMINAR e ao Prefeito cumprir.

 

Considerando as intencionalidades, tudo bem.  Mas para um município do tamanho de Araras… não houve participação popular, ninguem foi votar.  Segue a noticia:

                O vereador Breno Cortella agradeceu a Prefeitura, durante a sessão da Câmara, na segunda-feira (13), por ter atendido sua indicação e cedido um ônibus para o transporte gratuito das pessoas que participaram da eleição dos novos integrantes da diretoria do Conselho Tutelar de Araras.

A eleição foi realizada no domingo (12), com votação na Escola Estadual “Cesário Coimbra”  e contou com a participação de 4,7 mil eleitores.

O ônibus saiu da praça Jorge Assumpção, no José Ometto 1, às 8h, 10h, 12h e 14h, direto para a Escola Cesário Coimbra. Na volta, os horários de saída da escola foram às 9h, 11h, 13h e 15h.

Para o vereador a gratuidade do transporte público no dia da eleição garantiu a igualdade de condições entre os candidatos e possibilitou uma maior participação da população. “Foi apenas um ônibus, mas este já é o começo e confirma que a administração tem se preocupado com o Conselho Tutelar, que realiza um importante trabalho no município na defesa dos direitos da criança e do adolescente”, comentou o vereador.

Breno Cortella enfatizou que para as próximas eleições continuará reivindicando para que a Prefeitura disponibilize ônibus para a escolha dos conselheiros. “Essa eleição não é obrigatória, mas dá oportunidade da população escolher quem realmente quer a frente do Conselho Tutelar, para cuidar das crianças de nosso município”, observou.

Na eleição de domingo foram escolhidos cinco membros e cinco suplentes que irão integrar o Conselho Tutelar para o próximo triênio. No entanto, somados os votos, a renovação da equipe será de 40%, com a reeleição de três titulares e a eleição de dois novos membros.

                 Silvia Cornia conquistou a primeira colocação com 1.518 votos, seguida de Kátia Regina Albertini, com 1.042 votos. Ambas já exercem a função de conselheiras. Em terceiro lugar, elegeu-se, com 428 votos, Julia Furlan Bovo. Na quarta colocação ficou, a já conselheira, Rosângela Zanotti, com 384 votos, seguida da nova eleita Natalia de Souza Benevenuto, com 331 votos. 

Com informações da Secom/PMA